O diretor Pablo Larraín (vencedor do grande prêmio do júri do último Festival de Berlim com seu filme "El club") vai mostrar um período pouco explorado da vida do poeta Pablo Neruda: aquele em que o escritor foi perseguido pelo governo do chileno Gabriel González Videla. Foi nesta época que o escritor construiu a personalidade política que marcou os 25 anos seguintes de sua vida até sua morte em setembro de 1973.
As filmagens são feitas em Valparaíso e Santiago, no Chile, e na capital da Argentina, Buenos Aires. O elenco é latino-americano: Neruda é interpretado pelo chileno Luis Gnecco; sua esposa, Delia del Carril, pela argentina Mercedes Morán; e o policial Óscar Peluchonneau, que persegue o poeta, é vivido pelo mexicano Gael García Bernal (que já trabalhou com Larraín em "No").
Há elementos políticos e poéticos, mas, no fundo, é um filme sobre um policial que dá sentido a sua vida ao perseguir o poeta. No roteiro: ficção, comédia e drama. “Neruda entende que, se conseguir escapar, fará com que sua voz seja mais forte, maior, mais ouvida. Nessa volta, se transforma em um gigante, em uma lenda”, ressalta o diretor.
"Neruda" deve estrear ano que vem, sem data marcada.
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