domingo, 2 de março de 2014

Nouvelle Vague être en deuil: Morre o diretor francês Alain Resnais, em Paris

A notícia foi dada hoje, no domingo, mas cineasta francês Alain Resnais morreu ontem, aos 91 anos. O produtor de Alain informou que ele estava cercado pela família.
Nascido em 3 de junho de 1933 em Vannes, um vilarejo na França, comprou a primeira câmara com 13 anos e fez um curta. Nos anos 1960, participou do movimento para renovar e reviver o cinema francês, ao lado de diretores como Jean-Luc Godard e Francois Truffaut: a Nouvelle Vague. O primeiro longa de ficção,"Hiroshima meu amor" (Hiroshima, mon amour, 1959), foi baseado no texto da escritora francesa Marguerite Duras e fala sobre a bomba atômica. O trabalho provocou polêmica com os EUA e foi retirado da competição de Cannes na época ( sendo que a premiação é francesa não sei o que  os americanos tinham que se meter...)
O incansável diretor ainda trabalhava e deixa quase 50 filmes, entre eles "O ano passado em Marienbad" (L'année dernière à Marienbad, 1961), "A guerra acabou" (La guerre est finie, 1966), "Ervas Daninhas" (Les Herbes Folles, 2009) e o recente "Você ainda não viu nada igual" (Vous n'avez encore rien vu), um filme/ teatro que mostra os personagens atuando dentro da própria atuação (muito original e inteligente)imer, boire et chanter, 2013) que levou o Prêmio Alfred Bauer e outro da crítica internacional ( e pelo trailer parece muito divertido). Ele ainda preparava outra obra.

. Há poucos dias ele foi citado aqui no blog, estava entre os premiados na Berlinale com o filme  "Amar, beber e cantar" (A
Cinema de intervenção, de idéias, de conceitos. Ao longo da carreira acumulou cinco prêmios César (três de melhor filme, dois de melhor diretor), dois Ursos de Prata em Berlim, três no Festival de Veneza, um BAFTA e um especial do júri em Cannes. Um de seus trabalhos que marcou a história do cinema foi "Noite e Neblina" (Nuit et Brouillard, 1955)  um documentário que retrata os campos de concentração nazistas da Segunda Guerra Mundial.
Esperamos que outros Resnais surjam, movimentem a cena do cinema. Com realidade, novas maneiras de contar histórias, sejam elas verdade ou não. Alguém para desacomodar quem está acostumado com pronto, histórias lógicas, com começo, meio e fim e a "moral" em cada "The end". Já diria o próprio mestre: "Fazer filmes é bom, mas ver filmes é muito melhor".
Merci beaucoup, Alain!

matéria completa no Le Monde


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