Ao som do clássico David Bowie uma garota sem sorte, que faz péssimas escolhas ( ou as certas para ela), mas tem muito charme, ensaia passos de balé pelas ruas de Nova Iorque.
Não sei se foi o fato de ter aguardado tanto para ver o longa americano " Frances Ha", que senti um certo desapontamento ao terminar. Não por ter sido absurdo ou fora da realidade, mas exatamente por ser um retrato da mesma.
Com muitos diálogos, rodado em preto e branco a (tentativa de) "nouvelle vague" de Noah Baumbach não é tão nova assim, e muito menos original. E não me refiro as técnicas, mas sim ao batido tema do "medo de crescer" e ver que a vida realmente não é o que a gente espera.
O melhor e o pior foram as cenas que a personagem está em Paris. São sem graça, tal e qual sua vida. Alguém presa ao passado e a todos os sonhos e manias que pertencem a ele. E a lastimável e linda cena da bailarina frustrada mostrando seu talento vestida a trabalho pelas ruas da cidade.A boa interpretação de Greta Gerwig, a boa direção e a maravilhosa trilha sonora tornam o filme mais interessante. Por pouco ( e graças ao talento da atriz) a produção não vira mais uma chatice em preto e branco.
Adoro contradições, mas com todas ainda faltou algo. Talvez a sensação que o filme tenta passar a todo momento: ser francês. Afinal, não dá pra esperar um Truffaut pelas ruas da Big Apple.
*Título original: Frances Ha
* Diretor: Noah Baumbach
*Elenco: Greta Gerwig, Mickey Sumner, Adam Driver
*Gênero: Comédia dramática
*Nacionalidade: EUA
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