quarta-feira, 7 de outubro de 2009

''Jules et Jim'' (e Truffaut)


Fui apresentada á truffaut por Bernardo Bertolucci. Isso aconteceu através de um dos meus filmes favoritos: ''The dreamers'' (''Os sonhadores'', Itália, 2003), que faz um remake sobre a obra prima do francês: ''Jules et Jim'', e envolve mais cenas de outros tantos filmes.
Quem já assistiu a produção francesa nunca esquecerá a cena marcante da musa Jeanne Moreau cantando com a maior naturalidade ''Le tourbillon de la vie''. E a famosa cena dos três amigos apostando uma corrida sobre uma ponte, ( lembrada no longa do italiano Bertolucci).
A elogiadíssima produção de Fraiçois Truffaut traduzida como ''Jules e Jim: uma mulher para dois'' marca o início de uma era no cinema: a nouvelle vague, movimento iniciado pelo genial diretor, nascido em Paris em 1932. O que impressiona em filmes assim é a maturidade dos atores. Não vemos adolescentes ou jovens talentos (refiro-me ao pessoal com menos de trinta anos), o elenco era marcado por gente experiente mesmo.

George Deleure, grande colaborador para o movimento nouvelle vague, é responsável pela trilha sonora que caracteriza ainda mais o filme, que a bela Jeanne canta em determinado momento, e que acompanha a história interpretada ainda por Henri Serre e Óscar Werner, conceituado ator europeu.
A película é baseada no livro que retrata o verdadeiro ''menage à trois'', e no sentido francês da palavra: um relacionamento  a três (não apenas sexual,mas emocional também). Em pleno pós-guerra, em meio à Belle époque, três pessoas compartilham as mesmas dúvidas existenciais, o amor e a amizade, sem adotar o estilo cliché, mas mostrando que a vida é marcada por encontros, despedidas, reencontros e esperanças renovadas.

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