A superprodução, orçada em aproximadamente US$ 65 milhões, consegue manter durante todo o tempo a mesma essência da série. São quase duas horas e meia que passam rápido e levam em um instante a quem assiste das risadas às lagrimas, mas com algumas brechas que deixam a desejar: em nenhum momento aparece a família de Carrie Bradshaw, nem mesmo quando a jornalista está prestes a subir ao altar. Apesar de citar muitas marcas reconhecidas mundialmente, a escritora bem sucedida aparece com as unhas muito mal cuidadas, o que seria de total irrelevância em outra situação, mas estamos falando da mulher viciada em grifes,que vive na capital mundial da moda. A aparição de uma única personagem nova, Jennifer Hudson (de Dreamgirls), também pode ser considerada desnecessária na trama, tornando a película mais extensa e um pouco cansativa.
A parte final é a que mais desaponta, devido a proposta inicial da série, mas até pode ser compreendida se nos colocarmos no lugar e nas condições da personagem. O que mais chama a atenção no filme não é a quantidade de estilistas,marcas ou até mesmo os relacionamentos das quatro mulheres, mas a amizade entre elas. Sex and the City trata basicamente sobre a importância que os amigos ocupam na vida, principalmente das mulheres, que apesar de brigarem, discordarem muitas vezes, perderem o contato por algum motivo, sabem que no pior dos casos poderão contar com um abraço de uma amiga que veio às duas da manhã até sua casa para emprestar o ombro e os ouvidos.
O longa também oferece uma reflexão sobre as necessidades reais e as impostas pela sociedade. Sim, muitas mulheres sonham em casar com um homem perfeito,de véu e grinalda, na igreja, ter uma família perfeita. Outras querem apenas um homem que seja além de seu amante, amigo e companheiro. E ainda existe aquelas que procuram um affair casualmente. O que não se pode negar é a necessidade que todas possuem em compartilhar sua vida com alguém, de alguma forma. Sim, as mulheres do filme,apesar de possuirem uma realidade bem diferente das de "carne e osso" retratam os mesmos problemas enfrentados pelas que estão sentadas nas cadeiras do cinema, e podem parecer muito complicadas, mas no fundo elas só desejam ser felizes, como um final clichê de qualquer filme para mulheres.
:D
ResponderExcluirtá muito legal!!
confesso que eu tava com medo de ler pq nao vi o filme ainda, mas tu me deixou com mais vontade de ir no cinema.
beijos